Marca Turística e Destino Encantador
Desde o primeiro momento que a marca ALDEIAS DO XISTO tem vindo a chamar a atenção do país para uma reserva da sua identidade que deve ser preservada e promovida, desafiando Portugal a pensar o seu futuro também a partir das aldeias.
São 27 as ALDEIAS DO XISTO para descobrir, doze delas na zona da Serra da Lousã, cinco na Serra do Açor, seis a acompanhar o rio Zêzere e quatro junto ao Tejo-Ocreza. Tudo em território do CENTRO DE PORTUGAL, entre o litoral e o interior do país.
Entrando por Coimbra, Guarda ou Castelo Branco, em pouco tempo estamos noutro mundo, secular, onde os trilhos que ligam aldeia a aldeia são os mesmos de antigamente e a paisagem, cultura e tradições estão preservadas.
Aldeias cuja pedra utilizada é a das suas montanhas, cujos sabores deliciam todos os paladares, cujos motivos religiosos e histórias foram relembrados com entusiasmo para lhes devolver vida. Todas juntas formam bonitos cenários e dão requinte ao nosso país.
O alojamento é em casas de pedra recuperadas e transformadas em confortáveis unidades de turismo rural, rodeado de natureza em todo o seu esplendor.
Convidamo-lo a descobrir, conhecer e sentir as vivências de cada uma das aldeias de um território encantador já premiado enquanto destino turístico.
A PITORESCA ALDEIA DO PIÓDÃO
Vestida de xisto e enfeitada de azul
A pequena e deslumbrante Aldeia do Piódão situada na encosta de um dos muitos vales da Serra do Açor, no Concelho de Arganil encontra-se desde 1978 classificada como Imóvel de Interesse Público. O cenário desta aldeia encantadora perfeitamente integrada numa Natureza deslumbrante propicia momentos de pura contemplação.
O escritor Miguel Torga reconheceu que foi aqui, no Piódão, que veio despedir-se do Portugal primevo, considerando-o o “ovo embrionário” de culturas, hábitos e vivências que já não existem.
Como que a dar as boas-vindas ao viajante, encontramos na praça principal, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, uma construção anterior ao século XIX, mas que foi objeto de uma grande intervenção em 1898 e que lhe deu o atual perfil arquitetónico. A cor branca da igreja contrasta com o tom escuro do resto da aldeia o que a distingue, à distância, no meio do casario.
A circulação na aldeia faz-se por entre ruas irregulares e estreitas, ou por escadarias que dão acesso aos pontos mais altos e permitem vistas fantásticas do vale, mas também do casario de portas e janelas de madeira, pintadas de azul, imagem de marca do Piódão.
A razão da cor azul permanece um mistério, embora esteja relacionada com algumas histórias ou lendas que venceram o tempo… mas a verdade é que esses pormenores de cor tornam a Aldeia do Piódão verdadeiramente encantadora.
O aspeto que a luz artificial confere à aldeia, durante a noite, conjugado com a disposição das casas, que graciosamente descem a encosta da serra, cria um verdadeiro postal de Natal e fez com que Piódão recebesse a denominação de “Aldeia Presépio”.
Apesar de ser dos mais célebres núcleos de xisto, a pitoresca Aldeia do Piódão faz parte da Rede das Aldeias Históricas de Portugal tendo vencido o Prémio Cinco Estrelas Regiões 2022, na categoria «Aldeias e Vilas», consolidando o estatuto de ícone regional e reafirmando-se como um dos destinos mais típicos e belos do país.
ALDEIA DA CERDEIRA
Aldeia mágica que é uma obra de arte
Há qualquer coisa de mágico na Aldeia da Cerdeira…
Esta aldeia, que faz parte do conjunto das aldeias de xisto do Concelho da Lousã, recebe-nos de braços abertos como se fossem o nosso lar e fica na memória dos visitantes que desejam sempre voltar. E os motivos para isso são muitos.
Este paraíso tem mais de 300 anos, mas foi alvo de abandono no século passado por ausência de condições mínimas de vida. Quando o último habitante partiu para sempre, já só restavam pedras abandonadas e os campos ficariam anos ao abandono. Mas a Cerdeira voltou. Renasceu para outras vidas, outros tempos. Hoje, a Cerdeira tem novas estórias para contar de novos habitantes que com persistência e vontade voltam a dar vida e sentido a este lugar, de hóspedes que escolhem a aldeia para passarem aqui as suas férias e de artistas de todo o mundo que a procuram em busca de inspiração.
Quem deu o mote para a recuperação da aldeia, em 1988, foi uma escultora alemã de seu nome Kerstin Thom, em conjunto com Bernard Langer e que decidiram começar a recuperar algumas das casas. Mais tarde, em 2000, os amigos Natália e José Serra, juntaram-se no esforço de recuperação.
É possível perceber em Cerdeira a dominância do xisto que traz sem dúvida um charme especial. É num cenário marcado pelas cores, os sons e os cheiros da natureza que encontramos as acolhedoras casas da Cerdeira – Home For Creativity.
A Cerdeira – Home for Creativity foi a vencedora do Prémio Nacional de Turismo na categoria de “Turismo Autêntico” em 2021. Na base da escolha está o projeto que se diferencia pela associação de oferta turística de alojamento em espaço rural a turismo criativo associado às artes e ofícios.
A promoção e realização de retiros empresariais, retiros de yoga e outros eventos de natureza associativa, desportiva e ccultural permitem viver experiências inesqueciveis numa envolvente de beleza natural.
A dominância da natureza selvagem é uma imagem de marca, pelo que os visitantes vão poder apreciar, por exemplo, os veados. Para além dos vários percursos a realizar por estes locais durante o dia, vislumbrar e desfrutar do anoitecer e do ambiente acolhedor das luzes nas aldeias é simplesmente sublime.
A Aldeia de Xisto Cerdeira recebe-nos dizendo que ali mora a tranquilidade, a criatividade e a autenticidade, privilegiando o contato com a natureza, a tradição e a arte, despertando os nossos sentidos.